14 de mai. de 2008

Por outro lado...

mídia televisiva baiana parace se esmerar em furos e mancadas ao vivo. Pensei já ter visto de tudo na tv baiana, âncora chamando baleia de crustáceo, entrevista sobre um assunto que era negado veementemente pela entrevista. Mas hoje, o cúmulo parece ter sido atingido, ao menos até agora.

Poucos instantes após publicar um post no blog UESC Anos Depois, liguei a TV e enquanto zapeava, presenciei um momento bizonho. O apresentador Casemiro Neto, em seu “Que Venha o Povo”, ficara embasbacado com um vídeo que, segundo o próprio, o fora enviado e seria uma prova indubitável da visita de extra-terrestres ao litoral norte baiano. Vendo as imagens “verídicas” do tal UFO, notei que se tratava de um vídeo que fora publicado há cerca de um ano no youtube, com o título de “UFO Haiti” e fora desmentido logo em seguida pelo vídeo “UFO Haiti PROOF it’s FAKE”. Este segundo vídeo revela que o “UFO Haiti” não passa de uma produção de computação gráfica feita a partir de modelos que vem com o software “Vue 6 Esprit - The Art of Natural 3D”. Algo que pode ser facilmente comprovado ainda com este vídeo.

O mais bisonho de tudo não é a fraude difundida pela internet, mas sim a falta de cuidado com o conteúdo que vai ao ar nas tvs baianas. Sequer é checada a veracidade da informação, o que é potencializado pelo excesso de sensacionalismo barato destes programas “mundo cão”. Uma completa falta de respeito à inteligência do público baiano.

Será que os produtores destes programas acreditam no discurso do ex-coordenador do curso de medicina da UFBA? Não posso responder com exatidão, mas foi a primeira vez que vi um boato de internet tomar alguma proporção na mídia televisiva….

asanisimasa.minhapagina.info

Existe Vida Inteligente na Televisão Brasileira???

Apesar da propensão ao senso comum que sugere o título deste post, discordo da afirmação de que a televisão aberta brasileira seja estúpida como um todo. Creio que como meio que catalisa bem as características provindas da inserção de nosso país, tardiamente industrializado, agrário e com índices absurdos de analfabetismo no contexto mundial da cultura pós-moderna, este meio acaba por levar a culpa por uma espécie de banalização recorrente nos meios tradicionais, como bem define Arlindo Machado.

Afinal, os blockbusters estão aí, mas ninguém culpa o cinema pela banalidade explícita na enxurrada de enlatados americanos que invadem as prateleirdas das locadoras. Tanto quanto ninguém chega a ser insano o suficiente para culpar a literatura pela falta do que dizer estampada nas prateleiras das grandes livrarias repletas de best-sellers.

Ao meu ver, por produzir uma quantidade inumerável de material, o tal fluxo contínuo de Mcluhan, acabamos por generalizar nosso conceito sobre a televisão pelo volume absurdo de amenidades que são veiculadas. Questão de proporção.

Vou citar um bom programa, que vai ao ar semanalmente com uma ironia e ousadia peculiares e prova a existência de vida inteligente na televisão aberta brasileira:

CQC Trata-se do CQC, programa veículado às 22:15 das segundas-feiras na tv Bandeirantes. Baseado num modelo de programa surgido na Argentina e muito popular também no Chile, que mistura bom humor, jornalismo, ironia e denúncia. No Brasil, que conta com a participação de não menos que Marcelo Tas como um dos âncoras, o programa traz repórteres sarcásticos e irônicos, hábeis em fazer aquelas perguntas que todos querem fazer a personalidades e políticos. Basta lembrar que em dos episódios, um dos repórteres do programa conseguiu arrancar uma confissão do senado Eduardo Suplicy, na qual ele afirma já ter fumado maconha. Em outra oportunidade os repórteres do programa ficaram impedidos de entrar na Câmara dos Deputados, por fazer perguntas de conteúdo político que os deputados não queriam responder. Some-se a isso uma edição refinada e uma pós-produção que dão um ritmo característico ao programa.

Enfim, é assistir e confirmar. Os bons programas televisivos existem na tv aberta brasileira, é só uma questão de zapear e procurar….

www.asanisimasa.minhapagina.info

15 de abr. de 2008

o sorriso do banguela

foi bom pra mim ver a galera conhecida!
espero q seja pra vcs também!
bju

9 de dez. de 2007

A mulher invisível

Salvador Shopping. Foto: Fabricio Kc - no Flickr

Os shoppings centers são lugares conceituais. Basta dizer ‘vou ao shopping’, assim, intransitivamente, porque são todos iguais.

Numa de minhas idas ‘ao shopping’ - experiências quase sempre traumáticas - observei, enquanto tomava um café, o trabalho dos homens e das mulheres que fazem a limpeza das praças de alimentação. Atentei para uma mulher de seus, talvez, trinta e tantos anos, de uniforme, pano na mão e toca na cabeça. Elas transitam fantasmagoricamente por entre as mesas, recolhem o lixo deixado pelos ‘consumidores’, passam o pano sobre a mesa e saem, sem trocar palavra com ninguém somem por entre outras mesas. Olhei em volta e percebi que somente eu a enxergava - depois soube que estava enganado.

Soube, da boca da trabalhadora que se via como faxineira, que é proibida qualquer aproximação entre ela e qualquer ‘consumidor’, - ela é treinada para passar despercebida, ignorada, desconhecida. - É uma regra capital, a primeira coisa que aprendem. Contudo, como eu disse, meus olhos não eram os únicos a segui-la em suas incursões discretas por entre as mesas. Segundo ela, há seguranças cuja função, entre outras coisas, é vigiá-las, garantir que elas cumpram a sua função de ‘mulheres invisíveis’ que limpam o ambiente.

Para mim, as sensações que esses pensamentos ensejam são múltiplas e variadas, ligadas às formas de existência obtusas que a sociedade impõe à humanidade. Resumo, porém, a questão a um sentimento acerca do trabalho: durante séculos a classe detentora do poder pregou a dignidade do trabalho como forma de aplacar os pobres, e acabou, ela mesma, acreditando em sua doutrina, ainda que não a praticasse sob as mesmas condições dos mais pobres. Daí provém uma romantização do trabalho e uma demonização do ócio como pai de todos os vícios. Mas na realidade mais simples e imediata, os trabalhadores encaram o trabalho como deve ser encarado, uma forma de ganhar a vida, e é do lazer que retiram, aí sim, a felicidade que a vida lhes permite desfrutar. E nos shoppings centers, onde tudo é um cenário, é proibido lembrar aos trabalhadores que estão lá em busca de lazer, que existem trabalhadores que estão lá em busca de sobrevivência. Não se pode estragar o espetáculo!

Por Fabricio Kc

6 de dez. de 2007

Veja a entrevista do ator Fábio Lago.

O ator Fabio Lago, o traficante "baiano" do filme Tropa de Elite bateu um papo com o pessoal do Blog do Gusmão.
Vale a pena dar uma espiada.






18 de nov. de 2007

Veja, Che Guevara e Jon Lee Anderson, seu biógrafo



... É, com efeito, uma esquerdista típica: quando essa gente não está praticando assassinatos, está justificando homicidas. Quando não está fazendo uma coisa ou outra, sugere aos outros o suicídio. Em qualquer dos casos e em qualquer dos tempos da história, as esquerdas têm um compromisso essencial com a morte.

Reinaldo Azevedo, no seu nada mixuruca blog no portal Veja.


É sobre a contenda gerada a partir da reportagem de capa sobre Che Guevara (comentada rapidamente nesse blog, aqui).

Um dos maiores biógrafos do ícone left-political latino-americano Che, Jon Lee Anderson, - que é jornalista da tradicional e sólida revista americana New Yorker - se manifestou contra o jornalista de Veja que fez a matéria, o tal Diogo Schelp. Em carta, o americano questionou a qualidade jornalística de Veja (isso, apesar de não ser novo, é notícia!).


Vejam a história em Pedro Doria, que começou tudo, no Imprensa Marrom, que comentou o fato e lá no Reinaldão , que embora não valha a pena, é engraçado !

City of Splendour

O Rio em 1936, em cores! Vai pra Ju e Patati...